quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Tem dificuldade em lembrar-se de nomes, inúmeros de telefone e datas importantes? Esquece-se constantemente onde deixa o seu carro nos parques de estacionamento? Quando vai de férias, tem de voltar para trás ao fim de trinta quilómetros para ter a certeza de que deixou tudo fechado? Esquece-se, por vezes, como se escrevem palavras vulgares? Se respondeu afirmativamente a quase todas as perguntas, então ouça esta boa notícia: a falta de memória cura-se!
Bom, deixe-ma cá ver, onde é que íamos? Ah, sim. Falámos com alguns especialistas em memória e com pessoas cujas profissões exigem memórias excelentes. Até falámos com o campeão nacional dos concursos de ortografia, com apenas treze anos. E eles contaram-nos os seus segredos de como uma memória imbatível.
Com a ajuda de alguns truques, é possível para a maioria das pessoas ter uma supermemória.
Que tipo de truques? Ora ainda bem que pergunta.
ABORDE O LEMBRAR-SE COMO UMA ASSOCIAÇÃO DE IDEIAS. Imagine que está num concurso da televisão prestes a ganhar uma viagem à volta do mundo com tudo pago. Só precisa de se lembrar do nome da batalha em que Napoleão foi derrotado. Você sabe a resposta. Está na ponta da língua. Como conseguir fazê-la sair?
Tente ordenar na sua cabeça tudo o que sabe acerca do assunto. Assim, Napoleão pode levar à Josefina, à França, ao Código Napoleónico, às batalhas e (eventualmente) a Waterloo. Quantas mais associações fizerem, mais hipótese tem de descobrir o caminho certo.
TIRE UMA FOTOGRAFIA. O americano normal, durante a sua vida, gasta um ano à procura de objectos perdidos. Quer poupar um ano da sua vida? Pode fazê-lo. Olhe bem para as chaves quando as dispuser em cima mesa. Leve as mãos até aos olhos, imitando uma máquina fotográfica, e carregue no botão.
FALE SOZINHO. Vá lá, não seja tímido. Dê a si próprio uma visão global e visual pra recordar. Se deixou o carro estacionado no fim do parque de estacionamento, por baixo do carvalho gigante, diga: «O meu carro está no fim do parque de estacionamento, por baixo do carvalho gigante». Diga-o em voz alta. É outra maneira de reforçar a memória.
ATE UMA FITA AMARELA AO CARVALHO. Tem medo de se lembrar que o seu carro está debaixo de um carvalho, mas de se esquecer de qual carvalho? Use lembretes físicos – que são muito eficientes para o lembrar. A fita amarela no carvalho pode ser um elástico no seu pulso (para se lembrar de comprar lenços), pôr o relógio no braço errado (para se lembrar dos anos da tia Berta) – ou qualquer coisa de que se lembre.
FAÇA UMA LISTA. Onde e sempre que for possível, ponha por escrito aquilo que tem de se lembrar. A nossa memória a curto prazo é limitada – só tem um determinado espaço disponível. Ao fazer uma lista não só tem a certeza de se lembrar como liberta a mente para coisas mais importantes.
PONHA POR CATEGORIAS. Quando não tiver nem lápis nem papel à mão, tem de fazer uma lista na sua cabeça – mas não a faça ao acaso. Se estiver a caminho do supermercado e souber que precisa de vinte coisas, provavelmente nunca se irá lembrar de todas se não estiverem agrupadas logicamente. Pense: cinco legumes, quatro alimentos empacotados, três frutas, etc.
JUNTE. Este «juntar» é como agrupar em categorias, só que com números. Se por exemplo, se tiver de lembrar dos números 2, 0, 2, 4, 5, 6, 1, 4, 1, 4, vai passar um mau bocado. Mas lembrar-se de (202) 456-1414 (o telefone da Casa Branca) é bastante mais fácil. Os números de telefone estão naturalmente juntos, assim como os da Segurança Social (001-00-1000). Claro que é livre de «juntar» não só estes mas os números que quiser.
INVENTE UMA HISTÓRIA. Se tem de se lembrar de diversas coisas e tem medo de não o conseguir – não se preocupe. Invente uma história que envolva essas coisas. Imaginemos que está a caminho do supermercado e precisa de costeletas de porco, alperces, leite e pão. Conte a si próprio uma história em que um porco esteja a beber leite, num campo de trigo, à sombra de um alperceiro.
PARA SE LEMBRAR DE NOMES, PENSE NAS CARAS. A tarefa mais difícil para a nossa memória talvez seja lembrarmo-nos dos nomes de pessoas que acabámos de conhecer. A solução é estabelecer na sua mente uma associação permanente entre o nome e a cara. Melhor ainda será descobrir uma característica principal na cara e concentrar-se nela. Se Budd Luzinski, o novo rapaz lá do escritório tiver um nariz comprido – visualize um homem minúsculo a esquiar por ele abaixo.
Imagine esse homenzinho a perder (losing) os esquis (Luzinski).
FAÇA ASSOCIAÇÕES DE NOMES. É sempre mais fácil lembrarmo-nos de nomes se os pudermos associar com alguma coisa. Se tiver de se lembrar do nome de alguém que não tenha nariz comprido nem uma mancha na cara, uma história. Visualize alguém chamado Bruce Taylor (alfaiate) sentado à sua frente com uma tesoura na mão, uma fita métrica e um bocado de giz. Alguém chamado Feinstein (caneca de cerveja) pode imaginá-lo sentado à sua frente com uma caneca de cerveja na mão. Alguém chamado Presley? Imagine-o a ler o Pittsburgh Press ou a dar um aperto de mão ao Elvis.
PROCURE «LOCALIZADORES». Coisas que se passaram há muito tempo não aconteceram separadas de outros acontecimentos. Imagine, por exemplo, que se esqueceu em que altura trabalhou na ABC Construction Company. Pense em localizadores ou informações que o ajudem a localizar a situação. Pode lembrar-se de que namorava a pessoa tal, e que você e essa pessoa costumavam ir muito ao cinema e que um dos filmes que viram juntos foi o Tubarão. Pode então lembrar-se (ou o bibliotecário da sua zona pode ajudá-lo a descobrir) que o Tubarão se estreou em 1975.
SELECCIONE OS SEUS PENSAMENTOS. Muitos estudantes universitários envolvem-se intimamente com um marcador rosa, amarelo ou verde. Mas você não precisa de um marcador para seleccionar os seus pensamentos. Pode fazê-lo mentalmente «Seleccione o que é importante e o que não é». Tem muito menos tendência para esquecer aquilo que lê.
LEIA RELEIA E CONTINUE A LER. Se o seu problema é esquecer-se das palavras, deve-se provavelmente ao pouco uso que lhes dá. Como intérprete das Nações Unidas, ele tem de armazenar uma quantidade enorme de vocabulário na sua memória e mantê-lo pronto a ser usado em qualquer momento. Só no inglês (e Siegenthaler é fluente em francês, alemão, russo e espanhol) há cerca de 200.000 palavras, embora normalmente usemos menos de 5000 no dia-dia. Por isso, se não consegue encontrar a palavra certa, é provável que o seu vocabulário esteja um pouco ferrugento. Qual é a solução? Leia o mais que puder. Recomendo ficção de qualidade, especialmente clássicos da língua inglesa, como Charles Dickens, Jane Austen ou Somerset Maugham.
PONHA-SE À PROVA. Geralmente, as pessoas não se apercebem se são boas a recordar ou não. É muito frequente alguém pensar que se lembra de algo, e não se lembrar. Já passou por isso com certeza a meio de um exame. A melhor de se assegurar de que não volta a acontecer é responder ao seu próprio questionário antes do exame. Um teste formativo dá-lhe a perceber se sabe ou não.
MANTENHA-SE CALMO. O stress e a ansiedade conseguem claramente interromper o funcionamento da memória. Precisa de concentração para codificar as coisas. A ansiedade estraga tudo.
Se é uma pessoa que se esquece das coisas, pode significar que a sua mente está a precisar de umas férias.  

EXAMINE O SEU ARMÁRIO DE MEDICAMENTOS E DE BEBIDAS ALCOÓLICAS. Há muitas coisas que podem contribuir para a falta de memória. A origem da sua falta de memória pode ser o álcool que anda a beber ou os medicamentos que anda a tomar, tal como comprimidos para emagrecer, medicamentos para a tensão ou anti-histamínicos